Plano de aula: discussão sobre publicidade

Objetivos:

– discutir o consumismo e a presença das marcas em nosso cotidiano;

– discutir estratégias comunicativas e de persuasão da publicidade: sua estética, o uso da linguagem clássica, associação de valores.

Público: professores

Audiovisual envolvido: Alma do Negócio (Roberto Torero, 1996)

Sequência de atividades propostas:

Em aula anterior, explorar os fundamentos da decupagem clássica e sua busca por transparência.

Dividir a turma em três grupos. Cada um terá a tarefa de observar mais atentamente algum aspecto da construção do curta metragem: fotografia/ direção de arte, decupagem e trilha sonora.

Exibir o curta. Discutir primeiro sobre o significado geral do filme (análise globalizante). Em seguida, começar uma análise mais concentrada: cada grupo expõe os aspectos notados e como eles contribuem para o sentido geral do filme, provocando uma reflexão sobre como os aspectos relacionados se referem à publicidade e à narrativa clássica.

Exibir o curta mais uma vez, verificando se os aspectos notados se confirmam, e que outros dados podem ser acrescentados aos já levantados.

Em seguida, promover discussão sobre que tipos de atividades poderiam ser feitas em sala de aula com o filme utilizado.

Indicado por: Mirian

Games na escola

Estas são algumas sugestões de games  utilizados pelo Eduardo Moraes, nosso colega na oficina:

1) Plenarinho
http://www.plenarinho.gov.br/
Como havia comentado, nesse site, eu encontrei o “Jogo do Orçamento”,
no qual a criança faz o papel de “prefeito da cidade”. Pode-se usar
pra complementar a matemática, ou simplesmente usar o gancho das
eleições, como foi o meu caso. Além disso, o site possui muitas
animações e informação sobre política em uma linguagem pra criança. O
jogo comentado está na seção “Diversão” e, depois, “Jogos”.

2) Cocoricó (até 7 anos)
http://www.tvcultura.com.br/cocorico/
Desse site, eu utilizei o “Siga o Ritmo”, que serviu pra melhorar a
coordenação motora, aliado ao estímulo visual e auditivo… além da
alegria geral (no caso desses alunos) pela fixação no uso dos fones…

3) Discovery Kids
http://www.discoverykidsbrasil.com/
Apesar de baseado no canal da TV, boa parte dos jogos são educativos.

4) Turma da Mônica
http://www.maquinadequadrinhos.com.br/Intro.aspx
Nesse, é preciso criar um login, mas é ótimo para estimular a criação
de histórias.

5) Mosaico.Edu (até 8 anos)
http://www.cercifaf.org.pt/mosaico.edu/

6) Recreio
http://recreionline.abril.com.br/
Baseado na revista.

7) Senninha
http://senna.globo.com/senninha/index.asp

8) Sítio do Pica-pau amarelo
http://sitio.globo.com/

9) Smartkids
http://www.smartkids.com.br/
Para crianças em fase de alfabetização.

10) TV Rá-tim-bum
http://www.tvratimbum.com.br/
Aliás, sem comentários para todos os produtos da TV Cultura…

11) Zoológico de São Paulo
http://www.zoologico.sp.gov.br/
Rico em imagens e informações, o trabalho com esse site foi
interessantíssimo porque os alunos queriam ver “como era a cara” dos
bichos com nomes estranhos.

Sobre segurança na internet:
http://www.criancamaissegura.com.br/
http://www.cgi.br/
http://www.brincandonarede.com.br/Clubinho/tv.aspx
(todos com vídeos e animações)

Alguns sites, apesar de terem sido criado para estimular sua venda,
também valem a pena ser analisados, como é o caso do Toddynho
(http://www.toddynho.com.br/), Danoninho
(http://www.danoninho.com.br/), Trakinas
(http://www.trakinas.com.br/), Netlé
(http://www.nestle.com.br/maisdivertido/) e etc…

Outros sites, costumam reunir jogos de outros sites… mas é preciso
dar uma filtrada, ou até mesmo tentar achar o link original, sem que
os alunos acessem, pois há muita propaganda imprópria…
http://www.atividadeseducativas.com.br/
http://jogoseducativos.jogosja.com/

Os que eles já estavam acostumados a acessar:
Cartoon Netwok;
Ojogos;
Miniclip;
Barbie e outros…

Para os professores que desejam aliar os softwares, com as matérias
aplicadas em sala de aula, a Microsoft possui um portal com projetos
dela mesma e de outros professores:
http://www.microsoft.com/brasil/educacao/default.mspx

Exercício de Edição

Exercício de edição no Windows Movie Maker na aula de 25/10/2010.

Editado por Renato Assis.

Resenha sobre Passione

Por Silvana Zaiat

O programa mais assistido por 30% das crianças do 5º ano D da EMEB Dalila Galli é a telenovela “ Passione” da TV Globo, a qual é exibida às 21 horas de segunda-feira a sábado. Em junho de 2010, a Rede Globo acatou uma advertência do Ministério da Justiça que pediu a reclassificação indicativa da novela de 10 para 12 anos, baseada nas cenas de violência, sexo, drogas e traições extraconjugais.

Ao assistir alguns capítulos da telenovela, percebe-se que a maioria dos personagens é composta por vilões. O vilão mais completo é o personagem Saulo (Werner Schünemann) que ao descobrir pela própria filha, que a esposa tem um caso fora do casamento, arma uma situação e flagra os amantes em sua casa e dá uma surra na mulher Stela (Maitê Proença), usando palavras de baixo calão para agredi-la e bate no amante, que é seu sobrinho. Só que as maldades não param por aí: chantageia o irmão, por ter descoberto um segredo pessoal. Nega ajuda, bate e expulsa o filho viciado em drogas de casa, chantageia e agride fisicamente e verbalmente vários personagens que atravessam seu caminho. Também é suspeito do matar o próprio pai, além de desviar dinheiro da empresa da família e sonegar impostos.

Percebe-se que os conteúdos abordados na telenovela são muito complexos para a compreensão de uma criança de até 12 anos, além de focar muitas situações negativas da sociedade e não acrescentar nada à educação infantil. O ideal seria a orientação e direcionamento dos
familiares, que deveriam filtrar os que as crianças assistem e sintonizar em programas mais adequados à idade.

A telenovela se caracteriza pela narração por meio de diálogos. Os diálogos entre os personagens da novela “ Passione” se dão no chamado campo/contra-campo “ ora a câmera assume o ponto de vista de um, ora de outro dos interlocutores, fornecendo uma imagem da cena através da alternância de pontos de vista diametralmente opostos” (XAVIER, Ismail. O discurso cinematográfico, p. 35. São Paulo: Paz e Terra, 2005).

A evolução das cenas de todos os diálogos segue a sequência: plano conjunto (personagens no cenário); plano americano ou plano médio (personagens mostrados da cintura para cima); primeiro plano (altura do busto); primeiríssimo plano (rosto ocupa toda a tela) e no final da cena, volta-se para o plano americano.

Na decupagem das cenas há “ naturalidade” e em poucas cenas se usa o plano geral, onde o cenário ocupa a maior parte do quadro.
A maioria das cenas não inclui efeitos sonoros ou música , quando esta está presente, o som é bem baixinho.
Em muitos momentos, o cenário e outros personagens, que estão em segundo plano são desfocados para dar ênfase em quem está falando no primeiro plano.

Programas a que meus alunos assistem

Ao questionar meus alunos sobre o que eles assistiam na TV, obtive várias respostas como: telejornais, programas de humor, filmes, etc. e um dos mais recorrentes foi o programa chamado CQC que é um programa bastante interessante porque contém temas da atualidade com muito humor. Os integrantes do programa possuem uma dinâmica no programa com quadros de entrevistas em que realizam perguntas bem diretas sobre temas polêmicos, com várias personalidades brasileiras e em alguns casos, colocando os entrevistados em verdadeiras “ saias justas” , mas é interessante porque desse modo eles produzem um tipo de humor crítico sobre os diferentes acontecimentos brasileiros, e possibilita uma série de informações acerca de diferentes assuntos.

Dijnane F. V. Iza

Menino Maluquinho – o filme

Título: Menino Maluquinho – o filme

Gênero: Infantil

Direção: Helvécio Ratton

Brasil, 1995.

Duração: 82 min.

Produção: Grupo Novo de Cinema e TV

Distruibição: Riofilme

Sinopse: No final dos anos 60, Maluquinho vive aventuras com sua turma: Bocão, Junin, Lúcio, Herman, Julieta, Carol e Nina. Em meio a suas traquinagens, enfrenta o divóricio dos pais. Passa férias no interior com os avós, mas seu avô falece. 

Interessante para discutir: relacionamento entre gerações, brincadeiras de ontem e de hoje, vida no interior, morte, divórcio. Língua Portuguesa.

Indicado por: Mirian

Narradores de Javé

Tìtulo: Narradores de Javé

Gênero: drama e comédia (?)

Direção: Eliane Caffé

Brasil, 2003.

Duração: 102 min.

Produção: Vânia Catani

Distribuidora: Rio Filmes

Sinopse: Somente uma ameaça à própria existência pode mudar a rotina dos habitantes do pequeno vilarejo de Javé. É aí que eles se deparam com o anúncio de que a cidade pode desaparecer sob as águas de uma enorme usina hidrelétrica. Em resposta à notícia devastadora, a comunidade adota uma ousada estratégia: decide preparar um documento contando todos os grandes acontecimentos heróicos de sua história, para que Javé possa escapar da destruição. Como a maioria dos moradores são analfabetos, a primeira tarefa é encontrar alguém que possa escrever as histórias.

Temas: Ética e cidadania (memória/ história oral/ patrimônio imaterial).

Arquitetura da destruição

Título: Arquitetura da destruição (Undergångens arkitektur)

Gênero: documentário

Direção: Peter Cohen

Suécia, 1989.

Duração: 121 min.

Produção: Universal

Classificação etária: 14 anos.

Sinopse: Este filme é considerado um dos melhores estudos sobre o Nazismo. Lembra que chamar Hitler de artista medíocre não elimina os estragos causados por sua estratégia de conquista universal. O arquiteto da destruição tinha grandes pretensões e queria dar uma dimensão absoluta à sua megalomania. O nazismo tinha como princípio fundamental embelezar o mundo, nem que para isso tivesse que destruí-lo.

Esse documentário traça a trajetória de Hitler e de alguns de seus mais próximos colaboradores, com a arte. Muito antes de chegar ao poder, o líder nazista sonhou em tornar-se artista, tendo produzido várias gravuras, que posteriormente foram utilizadas como modelo em obras arquitetônicas.
Destaca ainda a importância da arte na propaganda, que por sua vez teve papel fundamental no desenvolvimento do nazismo em toda a Alemanha.
Numa época de grave crise, no período entre guerras, a arte moderna foi apresentada como degenerada, relacionada ao bolchevismo e aos judeus. Para os nazistas, as obras modernas distorciam o valor humano e na verdade representavam as deformações genéticas existentes na sociedade; em oposição defende o ideal de beleza como sinônimo de saúde e consequentemente com a eliminação de todas as doenças que pudessem deformar o “corpo” do povo.
Nasce assim uma “medicina nazista” que valoriza o corpo, o belo e estará disposta a erradicar os males que possam afetar essa obra.

Temas: Ética e Pluralidade Cultural (Regimes totalitários – o nazismo, Segunda Guerra Mundial, Respeito mútuo, Justiça, Percepção da produção artística como forma de expressão).

Indicado por: Roberta

 

RESENHA DO CLIPE “AERIALS” DA BANDA SYSTEM OF A DOWN

Na breve pesquisa com meus alunos do “Espanhol na Ufscar” posso citar que eles costumam assistir na televisão:  jogos de futebol, programas tipo CQC, seriados, filmes, documentários, shows musicais, telejornal, novelas, programas de auditório, jogos de vôlei, por exemplo. Na internet, de maneira parecida vêem: filmes, seriados, documentários, e tem o adicional de clipes de música e vídeos engraçados, por exemplo. Eu optei por analisar o clipe de uma música porque é um vídeo de tamanho relativamente curto e de fácil manejo, já que é possível acessá-lo pela internet.

No clipe da música “Aerials”, dirigido por David Slade em 2002, da banda americana “System of a Down”, a primeira sequência apresentada segue o modelo de decupagem clássica na medida em que nos mostra logicamente um espaço externo com o uso de cortes com movimentos de câmera de afastamento e aproximação dos elementos. Vai desse espaço cheio de pequenas montanhas de pedra até a porta de uma tenda instalada no meio dele. Provavelmente essa é uma área bem isolada da civilização, onde existe uma tenda de circo abandonada.

O mesmo esquema é usado para nos apresentar o interior da tenda e os integrantes da banda, que estão lá se preparando para tocar a trilha sonora. As imagens dos rostos deles são intercaladas com a primeira aparição do personagem principal, que parece ser um menino de feições bastante peculiares. Partes do corpo e diversos ângulos dele aparecem aos poucos e isoladamente à medida que o menino sai da penumbra para poder espionar as pessoas e a movimentação que estão no centro da tenda. Isso favorece o mistério de como será esse personagem. Além disso, quando partes do menino até a sua aparição total na luz se mostram de frente, essas provavelmente são o foco visual dos vários integrantes da banda, que surpresos percebem a presença dele e começam a olhá-lo conforme ele se movimenta. Ao final dessa nova sequência, o menino desiste de se esconder e se revela àquelas pessoas e ao olhá-las ele, aos poucos, fecha os olhos e a imagem se borra antes de passar a um novo plano e espaço externo. O uso desse recurso ilustra que o que vem em seguida é algo da mente do personagem (uma lembrança, um sonho ou uma previsão do futuro), portanto há uma interrupção do tempo cronológico narrado até então. Provavelmente ao ver aquelas pessoas dentro do circo, o menino começa a se lembrar de como foi o tempo em que ele vivia no meio da civilização.

Esse novo plano externo é uma cidade. Uma sucessão frenética de imagens intercalam a trajetória do menino pela cidade, as expressões dos integrantes da banda enquanto eles tocam, as reações sentimentais e físicas do garoto durante suas lembranças.

Descrição desses momentos: no primeiro, o menino é mostrado muitas vezes através de uma “câmera baixa” enquanto realiza seu truque de levantar carros com um simples movimento de mão. Outras vezes ele aparece no centro das imagens ladeado por belas garotas. Esse conjunto de sequências engrandece a figura do menino e reforça sua fama adquirida na cidade. É também identificável o uso do shot/reaction-shot, que foca as reações do garoto enquanto ele está num bar e presencia a negociação do seu futuro com o empresário, por exemplo; também quando eles saem do bar e um grupo de pessoas rodeia-os para fotografá-lo, fazer-lhe perguntas, olhá-lo de perto. Outro exemplo é a reação dele diante do dinheiro que se espalha no ar dentro do bar. Nesse conjunto de sequências, o menino se mostra assustado e parece não entender muito bem o que fazem com ele. Exceção para a última sequência, na qual ele parece se divertir um pouco. Provavelmente, toda essa fama é conseguida as custas de que os homens da cidade consideravam o menino como uma aberração ou um alienígena com super poderes muito lucrativo.

No segundo, a câmera basicamente se fixa no rosto ou no busto dos integrantes, que cantam, gritam, balançam a cabeça, fecham os olhos, fazem caretas, dando a impressão de que reagem à história que está sendo narrada. No terceiro, na maioria das vezes o rosto do menino é mostrado através de uma “câmera alta”, e ele reage sofridamente à carga de imagens que passa por sua mente (franze as sobrancelhas, aperta os olhos, abre a boca de espanto, abre os olhos de repente, faz careta).

No desfecho, o menino volta a si e a sua realidade atual (que continua do tempo cronológico primeiro): ele mora sozinho e escondido na tenda de um circo abandonado. Através de vários cortes e de vários ângulos acompanhamos a movimentação dele até o centro da tenda, onde há um círculo. Ele se aproxima triste e cabisbaixo e deita sobre ela. A última imagem, que se vale da combinação de uma “câmera alta” e de uma “panorâmica”, mostra o menino no centro daquele círculo e dá a impressão de que este último gira. Uma interpretação possível é a de que o círculo colorido nos remete ao formato de uma nave espacial e conforme ele gira simboliza o movimento de que ela irá partir. Aproveitando a mesma idéia, pode-se observar que uma imagem da banda é mostrada nesse mesmo esquema descrito a pouco, poucos segundo antes da última cena. É como se os integrantes da banda estivessem na nave, tivessem invadido a nave.

O fato de o menino morar num circo é bastante simbólico, já que no passado muitas pessoas com defeitos congênitos (consideradas aberrações humanas) ganhavam a vida se apresentando em circos.

Há cortes no clipe a todo o momento, mas que segue uma continuidade construída muito eficiente. Todas as ações divididas em sequências são mostradas de maneira bastante lógicas, apesar da sobreposição de imagens de espaços diferentes, que se junta a um ritmo bastante rápido de narração da história.  A atuação dos personagens pode ser considerada naturalista, na medida em que cada um reage dentro dos limites de suas respectivas funções. Ex.: as modelos agem como modelos, quando fazem poses para as fotos e andam como quem desfila pelas ruas; o fotógrafo age como um fotógrafo, quando faz mil e uma expressões para tentar mostrar ao garoto como ele deve posar para a câmera fotográfica; o menino se exibe algumas vezes e em outras ele se mostra acanhado e incomodado, típico de uma pessoa que está sendo olhada a todo momento; a banda reage conforme o ritmo da própria música.

Existe somente um tipo de ruído no clipe, um som de vento no início das imagens, um vento que arrasta as nuvens no céu. Todo o restante dele é tomado pela trilha sonora, que é a música “Aerials” e que motiva a produção do vídeo. Somente quando a banda aparece é que a trilha sonora se torna um “som in” e uma “voz in”. Nos outros momentos ela é apenas pano de fundo e se comporta como um “som off”. Interessante notar que quando o clipe se inicia e explora o espaço do circo e a primeira aparição do menino, a música é relativamente calma ainda. Ela se torna frenética e pesada durante os pensamentos do personagem principal. Ao final, ela vai esmorecendo conforme vai acabando as lembranças do garoto e ele retorna ao espaço da tenda.

O clipe está disponível no link: http://www.youtube.com/watch?v=nSiTbkpbnUs&ob=av2e

(Adriana Flueti Ciofi)

Análise sucinta do vídeo “Donald no País da Matemática”, 3a parte

Por Sidinei Magri

O vídeo escolhido decorre sobre uma experiência vivida por um personagem querido pela maioria das pessoas, se não por todas, trata-se do Pato Donald numa aventura de descobertas matemáticas.
Meios audiovisuais exigem pouco esforço e envolvimento do receptor, comunicando-se facilmente com a maioria das pessoas, talvez  por essa razão seja tão atrativo, portanto, em sala de aula, pode ser um meio alternativo de despertar o interesse do aluno em determinados assuntos.
Atualmente é impossível ignorar a presença da tecnologia na vida das crianças, que já nasceram numa geração digital, diferentemente das pessoas mais velhas, que às vezes encontram dificuldade para se adaptarem às novas tecnologias, essas crianças têm muita facilidade em lidar com esse mundo digital que esteve presente em seu cotidiano desde sempre. Por esse motivo, a utilização do vídeo em sala de aula  atualmente é muito importante, pois com isso o professor consegue falar a língua dos alunos.
Contudo, é importante também atentar-se para a forma e freqüência com que o vídeo será aplicado, pois se for utilizado como “plano B”, quando um professor falta, por exemplo, isso pode fazer com que o aluno associe o vídeo a não ter aula se feito com frequência.
O vídeo tem que ter uma certa ligação com o conteúdo da matéria, para não ser usado unicamente com o feitio de enrolar a aula. Apesar de ser uma boa linguagem para a nova geração, o vídeo não deve ser utilizado frequentemente, pois o seu uso exagerado empobrece as aulas e consequentemente a matéria, uma vez que com isso, dinâmicas e conceitos mais importantes e pertinentes acabam sendo deixados de lado.

Proposta do vídeo
Não acredito que deva necessariamente existir um roteiro rigoroso para trabalhar com o vídeo, assim o professor terá maior liberdade para adaptar o conteúdo aos seus alunos, podendo “sentir”, por exemplo, o que mais chama à atenção da turma, possibilitando despertar a curiosidade dos alunos no que lhes é aplicado, tornando o aprendizado mais prazeroso.
O vídeo traz conceitos sobre trigonometria, geometria, álgebra, ótica, colisões e inclusive o infinito, apesar de determinadas séries não trabalharem com tal conteúdo, o vídeo pode servir para mostrar como a matemática está totalmente relacionada com o cotidiano, presente nos jogos, nas construções, máquinas, música, pinturas e até mesmo na natureza. Podem ser trabalhados também conceitos simples como soma e subtração com frações.
Pode-se fazer com que os alunos reflitam sobre o vídeo, pedir para que apontem qual foi a idéia principal, verificando se compreenderam a mensagem. A partir disso o professor pode exibir determinadas cenas que sejam mais importantes, ou destacar alguma em especial para esclarecer alguma dúvida que tenha surgido, assim é possível que os alunos façam uma análise sobre o vídeo tendo o professor como mediador.
Acredito que com essa nova ferramenta, poderemos pelo menos tentar, aos poucos, melhorar a qualidade da educação em nosso país, claro, se valendo sempre do bom-senso, que é bem-vindo em qualquer circunstância da vida.